Diabetes Gestacional é quando a mulher tem o aumento dos níveis de glicose no sangue pela primeira vez na vida durante a gravidez. Sendo que este aumento na glicemia pode ou não persistir após a gestação.

Isso acontece porque os hormônios placentários e as alterações hormonais, características da gestação, que têm como objetivo adequar a nutrição do feto, dificultam a ação da insulina.

Isso exige que o corpo produza mais insulina para manter níveis de glicemia normais. Quando a gestante não consegue secretar essa quantidade maior de insulina, o diabetes se instala. Precisa ser diagnosticado para evitar danos ao futuro bebê e a mãe.

Estudo realizado no Brasil estabeleceu que aproximadamente 7,6% das gestantes, com idade superior a 20 anos, têm diabetes gestacional.

Podemos apontar alguns fatores de risco para diabetes gestacional como:

  • Idade igual ou maior de 35 anos;
  • baixa estatura (< 1,50 m);
  • ovários policísticos;
  • sobrepeso,
  • obesidade
  • aumento excessivo de peso durante a gestação atual;
  • pressão alta,
  • pré-eclâmpsia,
  • crescimento excessivo do feto
  • aumento do líquido amniótico na gravidez atual;
  • histórico familiar de diabetes em parentes de primeiro grau;
  • antecedente de diabetes gestacional em gravidez anterior,
  • recém-nascido grande para a idade gestacional,
  • abortamentos de repetição, malformações e morte fetal ou neonatal (logo após o nascimento).
Portanto, fique atenta caso você apresente estes fatores de risco. Todas as gestantes devem ter a glicemia de jejum solicitada na primeira consulta de pré-natal e caso esteja normal, para o período da gravidez, deverá ser avaliada novamente a partir da 24ª semana da gestação.

Caso o diabetes gestacional não seja tratado adequadamente é possível que isso gere impacto no feto. Tais como:

  • Bebê nascer com mais de 4 Kg, com possíveis complicações no parto;
  • Parto prematuro, com internação em UTI;
  • Hipoglicemia e icterícia ao nascer;
  • Pesquisas apontam que filhos de mães diabéticas não tratadas têm maior risco para obesidade na infância e desenvolver diabetes tipo 2 na vida adulta.

O tratamento inclui dieta, exercícios físicos caso não possua contra-indicações obstétricas. Se necessário, medicação oral ou insulina. Converse com a sua equipe médica e juntos definam o que você precisa fazer para se manter saudável durante a gravidez e ter um parto tranquilo.

Os adoçantes artificiais (aspartame, sacarina, acessulfame-K e sucralose) podem ser utilizados durante a gestação com moderação. Recomenda-se a realização de glicemias 4 a 7 vezes ao dia, especialmente para as gestantes que utilizam insulina.

Os níveis de glicemia sugeridos para o período da gestação são:

  • ≤ 95 mg/dL antes das refeições e em jejum,
  • ≤ 140 uma hora após o início das refeições
  • ≤ 120 mg/dL duas horas após a refeição. C

Caso as glicemias não estejam dentro destes objetivos discuta com o seu médico a evolução do seu tratamento e tenha um bom parto.

Após o parto a glicemia volta ao normal na maior parte das mulheres com o diagnóstico de diabetes gestacional. Mas, as mulheres que tiveram este diagnóstico devem reavaliar a sua glicemia a partir de 6 semanas após o parto.

É importante lembrar que quem teve diabetes gestacional tem risco elevado para o diagnóstico de diabetes tipo 2. Portanto é importante manter o peso adequado e realizar exercícios regularmente para reduzir este risco no futuro.

Cuidem-se e até a próxima!