Nesse post exploraremos o tema Monitorização. Hoje iniciamos uma série de textos nos quais falaremos sobre as metodologias e tecnologias que vem surgindo para facilitar a vida de quem tem diabetes tratando de  Monitorização, Medicação e comunicação com a equipe médica.

Como e por que devemos medir a glicemia?

Chamamos o aparelho que mede os valores de açúcar no sangue de glicosímetro ou medidor de glicemia. É o principal instrumento para quem tem diabetes saber se a sua taxa de glicose no sangue está:

  • alta (hiperglicemia),
  • dentro da meta, ou
  • baixa (hipoglicemia)

E assim tomar as ações necessárias . Se não medimos não temos com saber quanto está a sua glicemia. Portanto, não há como sabermos o que precisa ser feito.

Através do seu diário de glicemia e medicação é possível avaliar junto com a sua equipe médica o que está dando certo no tratamento. Coisas podem ser mudadas para melhorar o controle do diabetes.

Assim como de que forma a alimentação, atividade e equilíbrio (estresse) afetam sua glicose no sangue.

O GlicOnline pode te ajudar tanto a manter o seu diário de glicemia, como de medicação e alimentação. Você pode baixar o aplicativo gratuitamente no seu celular.

Para fazer o teste ou como algumas pessoas chamam de “ponta de dedo”, fique ligado nas seguintes orientações:

  • Com as mãos limpas, coloque uma fita no medidor.
  • Use o lancetador para conseguir uma gotinha de sangue do seu dedo, evitando furar o meio do dedo que é a região que nós encostamos em mais nas coisas, procure fazer o furo mais nas laterais dos dedos.
  • Insira a gota de sangue no espaço da fita e aguarde alguns segundos para que sua glicemia apareça no visor do glicosímetro.

Quantas vezes ao dia devo medir a glicemia?

Não existe uma frequência certa para todo mundo para a realização dos testes de glicemia, é necessário definir com a sua equipe médica , para a sua rotina, necessidades e objetivos, quantas medições ao dia você precisa fazer.

Geralmente, para quem tem diabetes e aplica insulina, é indicado medir a glicemia de 3 a 4 vezes por dia. Sendo que esse número pode variar caso haja mudança na rotina (começar um novo exercício físico, alteração hormonal, menstruação, estresse, entre outros).

Para quem tem diabetes e não aplica insulina, é indicado medir pelo menos 3 vezes por dia, ao menos uma vez por semana, durante o período indicado pela equipe médica. Eventualmente, pode ser solicitado que em um dia sejam feitas 6 medidas para que se tenha uma ideia geral da reação do organismo em diferentes momentos, durante o(s) período(s) indicado(s) pela equipe médica: em jejum, após refeições, antes de dormir etc.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a quantidade de medições ao longo do dia depende do nível de controle e da estabilidade dos valores de glicemia.

Quando o paciente está fora do objetivo glicêmico estabelecido, deve medir sua glicemia no mínimo 6 vezes ao dia, sendo 3 testes antes das principais refeições e 3 testes realizados 2 horas após essas refeições, durante pelo menos 3 dias por semana.

Os resultados devem ser comunicados ao médico, o que pode facilitar esse processo, são os diários de glicemia, assim a equipe de saúde deve realizar as evoluções na prescrição.

Em quanto tem que estar a minha glicemia?

Segundo a Associação Americana de Diabetes, recomenda-se que a glicemia esteja entre 80-130 mg/dl (pré-prandial) antes das refeições e menos de 180 mg/dl duas horas após as refeições (pós-prandial).

No entanto, cada um terá uma meta. Dependendo do momento de vida de cada um e de outros fatores como idade, doenças associadas, percepção de sintomas de glicemia, entre outros.

Vale como curiosidade, saber que a média de valores das glicemias nos últimos três meses é medida em um exame chamado Hemoglobina Glicada (A1C). Recomenda-se que sua A1C esteja abaixo de 7% no exame (o que quer dizer que a sua glicemia esteve em média em 154mg/dl neste período).

E que tal as tiras que medem o açúcar na urina?

Antigamente, a única forma de se medir a glicemia era pelo teste na urina. Atualmente não faz muito sentido usá-lo, a não ser em situações em que não seja possível medir a glicemia de outra forma.

Não são muito precisas, não apresentam um valor de glicemia (apenas um intervalo onde a glicemia está). Checando a cor apresentada pela fita depois do exame.

O açúcar presente na urina já está no corpo há um tempo, e com esse método fica difícil detectar o aumento instantâneo da glicemia.

Assim como quando ela está baixa, no momento em que ele está acontecendo.

E que tecnologias temos (ou teremos em breve) para nos ajudar na monitorização?

Nos últimos anos, assistimos uma grande evolução na tecnologia na área de diabetes. Se você ficou curioso, no post da semana que vem vamos contar o que tem surgido para medir a glicemia e que prometem mudar a forma de se cuidar do diabetes.

Cuide-se e até a semana que vem!