Esgotamento

Você já se sentiu exausto(a) na sua rotina? Que muitas vezes ultrapassa o seu limite para poder acompanhar o ritmo de um grupo e deixa de ter os cuidados necessários com a sua saúde? E logo em seguida se culpa por não ter sido perfeito?

Que você gostaria de poder segurar todas essas bolas no ar? Dar conta de tudo e ser quase um personagem super herói?

Seja bem-vindo(a). Pois é assim que muitos de nós, que temos diabetes e/ou outras doenças crônicas se sentem. Temos que fazer escolhas ou pensar em coisas que para o resto do mundo é automático.

Isso é, além de realizar as atividades diárias do tratamento como medir a glicemia e tomar insulina, temos que: contar carboidratos, ter o nosso estoque de medicamento correto, lembrar de fazer o rodízio de aplicação, tomar os medicamentos na hora certa, praticar atividade física, controlar a glicemia e etc…

Além de todas as atividades comuns do trabalho, escola e demais papéis que desempenhamos na sociedade.

Uma das tarefas mais difíceis da vida de qualquer um é gerir o próprio tempo. E quando temos uma condição crônica, essa tarefa é ainda mais desafiadora. Pois a maioria das tarefas exigem aprendizado constante, esforço físico e carga mental.

Nem sempre é fácil explicar isso para quem não tem diabetes, uma vez que diabetes é algo que não “tem cara”. Então ouvimos “mas você nem parece ter diabetes”, “é só não comer doce”, e coisas do tipo. E como nos esforçamos com dedicação, nem sempre transparecemos o malabarismo que fazemos para dar conta da glicemia (e tudo que vem junto) enquanto a vida acontece.

Christine Miserandino

Com isso em mente, a Christine Miserandino construiu em 2003 a “The Spoon Theory” (em português: “A Teoria da Colher”). Neste texto ela explica para uma amiga como é ter Lúpus.

Christine usou 12 colheres como metáfora para a energia que todos temos ao despertar de uma boa noite de sono. E que quem tem doença crônica precisam conservar e racionar suas reservas de energia para realizar suas atividades de vida diária para evitar a fadiga. Administrando bem como cada uma das colheres será utilizada.

A teoria explica a diferença entre aqueles que não estão abrangidos por limites de energia e aqueles que fazem.

Como pessoas saudáveis normalmente não estão preocupadas com uma energia gasta durante tarefas comuns. A teoria nos ajuda a explicar e mostrarmos para quem vive conosco porque é normal nos sentirmos cansados ou até esgotados de vez em quando.

A Teoria da Colher

Christine fez uma metáfora da energia que ela tem para realizar todas as atividades do dia como um total de 12 colheres disponíveis para usar em cada atividade.

Desta forma, ela demonstrou que suas colheres (unidades de energia) devem ser racionadas para evitar o esgotamento antes do final do dia.

Uma pessoa que fica sem colheres não tem mais escolha do que descansar até que suas colheres sejam reabastecidas.

Ela afirma que é possível superar o limite diário, mas isso significa tomar emprestado do futuro e pode resultar em não ter colheres suficientes no dia seguinte.

Pessoas com doenças crônicas podem ter dificuldades no sono. Isso pode resultar em um fornecimento particularmente baixo de energia, isto é, começar o dia com menos de 12 colheres.

Sendo que algumas pessoas com deficiência podem não estar cansadas pelas próprias deficiências. Mas pelo esforço constante necessário para passar como não-incapacitado.

Como deixar a rotina mais leve?

  1. Compartilhe seus sentimentos, fale sobre o seu cansaço com amigos e não tenha medo ou vergonha de procurar terapia.
  2. No tratamento do diabetes, nosso sistema Glic, te ajuda a ter menos carga em relação ao tratamento, uma vez que te ajuda (após você inserir a prescrição médica na sua conta Glic e ter acompanhamento médico) a tomar a dose mais adequada de insulina. Evitando tantos altos e baixos de glicemia (podemos ficar mais tranquilos de que estamos fazendo o nosso melhor).
  3. Seja amável consigo mesmo. Não se cobre tanto pelo que você não consegue fazer como os outros. Saiba os seus limites, o que te faz bem. Conhece-te a ti mesmo.
  4. Explique para as pessoas com quem você convive como você se sente. Passe esse texto adiante, por exemplo.
  5. Encontre atividades que sejam relaxantes, um hobbie, meditação, yoga ou até mesmo corrida.
  6. Peça ajuda. Você não precisa dar conta de tudo sozinho, pois com certeza você também ajuda muitas pessoas. É uma troca.

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