É muito comum encontrar na internet – sites, mídias sociais, corrente de e-mail e até whatsapp – imagem e/ou texto que conta sobre uma nova cura milagrosa. Semente, chá, técnica ou tratamento que pode curar o diabetes.

De repente isso pode nos pegar desprevenidos e ao invés de ajudar, prejudicar a nossa saúde. Então vamos conversar um pouco mais sobre?

Como saber no que acreditar?

Nós achamos importante falar sobre esse tema, pois a expectativa em relação à cura é grande. Um ponto que pode ser interessante você pensar é que a cura dificilmente virá por um canal pouco divulgado, como que um novo segredo descoberto que ninguém quer falar sobre.

Ela virá por grandes veículos de comunicação celebrando a descoberta e de que forma será possível realizar isso em grande escala.

Um dos princípios que seguimos em relação à isso é: terapias alternativas são complementares ao tratamento convencional de diabetes.

Nada substitui a orientação do médico e o que ele prescreve para o tratamento. E isso é muito sério. Por exemplo, na Suécia, não é permitido tratar crianças com menos de 8 anos com terapia alternativa.

Na década de 90, na Finlândia, um garoto de 5 anos morreu após os pais terem parado o uso de insulina no tratamento do filho. Neste caso, tanto os pais como o responsável pelo tratamento foi processado pela justiça por ter parado o uso da insulina.

A terapia complementar, como o próprio nome diz, deve ser utilizada como complemento ao tratamento médico e nunca como substituta.

Isso não quer dizer que não podemos, além do tratamento convencional prescrito pelo médico, conversar com o nossa equipe médica sobre a nossa crença e perguntar se isso pode ser incluído no tratamento e como.

Com isso, levantamos três orientações importantes sobre terapias complementares:

  1. Não tenha medo de perguntar, de falar, de questionar o que você quer saber. Converse com a sua família e sua equipe médica sobre as terapias complementares. Eles saberão te orientar sobre se é possível fazer e como fazer. Se você for cuidador de uma criança com diabetes, dependendo da idade, converse com o seu filho(a) e busque apoio da equipe médica. Buscando também a opinião do endocrinologista, nutricionista, educador físico e psicólogo sobre a adesão do tratamento complementar.
  2. As pessoas com diabetes tipo 1 não produzem insulina. Portanto não podem deixar de tomar insulina, bem como outros medicamentos prescritos pelo médico. Caso contrário, podem colocar sua vida em risco.
  3. O tratamento complementar ou alternativo não pode ser arriscado, perigoso ou prejudicar a vida da pessoa com diabetes.

Os avanços no tratamento e pesquisas pela cura têm crescido e avançado muito nos últimos anos. No entanto não há previsão que nos diga em quanto tempo isso será uma realidade.

Há esperança, mas não podemos deixar de nos cuidarmos hoje. Seguindo as orientações da nossa equipe médica e contando com o apoio da nossa família e amigos.

Vamos juntos?