Uma das condições crônicas mais comuns e que geralmente está associada ao diabetes é a hipertensão arterial, ou como popularmente é chamada, pressão alta. Segundo o Ministério da Saúde, 26,3% dos adultos brasileiros convivem o aumento de pressão arterial.
A hipertensão arterial é a força aumentada do sangue sobre os vasos sanguíneos (artérias) de maneira sustentada. Um dado importante é que essa condição crônica não apresenta sintomas, exceto se os valores estiverem muito elevados. O diagnóstico é realizado por meio da verificação da pressão de forma rotineira. Por isso, pessoas que possuem fatores de risco e predisposição para a hipertensos precisam realizar monitoramento dos níveis de pressão arterial.
Os fatores de risco para pressão alta são ter mais de 50 anos, possuir histórico familiar, o tabagismo, o sedentarismo, a obesidade, o estresse, a alimentação com muito sal e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Nesse sentido, pessoas nesse perfil precisam realizar a investigação da pressão alta com consulta médica anual.
O rastreio da pressão alta é realizado com a verificação da pressão arterial. O diagnóstico médico só é realizado quando ocorre persistência dos valores elevados. Os valores de pressão normal e alteradas em adultos estão descritos abaixo:
Classificação | Pressão arterial |
Normal (adulto) | ≤ 120/80 |
Pré-hipertensão | entre 121-139/81-89 |
Hipertensão Estágio I | entre 140-159/90-99 |
Hipertensão Estágio II | entre 160-179/100-109 |
Hipertensão Estágio III | ≥ 180/110 |
Sintomas da pressão arterial elevada
Por se tratar de uma condição muito comum na população e que pode desencadear diversas complicações de saúde, é indispensável conhece os sinais de alerta dos picos hipertensivos para garantir qualidade de vida a longo prazo. Alguns exemplos de sintomas em casos de pressão arterial muito elevada são:
- Dores no peito;
- Dor de cabeça;
- Tonturas;
- Zumbido no ouvido;
- Fraqueza;
- Visão embaçada;
- Sangramento do nariz.
- Alterações visuais;
- Falta de ar.
A confirmação do pico hipertensivo só é realizada com a verificação da pressão, por isso é importante ter o aparelho em casa. Caso seja identificado aumento de pressão e você esteja com algum outro sintoma, ou se a pressão estiver com valores semelhantes ao estágio II, mesmo que não haja sintomas associados. É importante procurar atendimento médico de urgência. Em alguns casos, o médico que acompanha o paciente com diagnóstico de hipertensão prescreve medicações SOS para uso em situações de aumento de pressão. Vale frisar que o uso de medicações por conta própria não é recomendado.
Além disso, caso esses picos hipertensivos ocorram com alguma frequência, é necessário agendar consulta médica para avaliação dos exames de rotina, reavaliação das medicações em uso e que esclarecimento de dúvidas. Por fim, é importante não deixar para amanhã o cuidado que você pode ter pela sua saúde hoje.
Referências Bibliográficas
Secretaria de Estado da Saúde (SC). Diretoria de Atenção Primária. Linha de Cuidados à Pessoa com Hipertensão Arterial Sistêmica. [Internet]. Santa Catarina, 2019.
Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL, et. al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Departamento de Hipertensão Pressão Arterial. 7th Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial Sistêmica. Rev. Bras. Hipertens. [Internet]. 2017.
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Sétima Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Rio de Janeiro, 2016.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica. Estratégias Para o Cuidado da Pessoa com Doença Crônica. Caderno de Atenção Básica 35. [Internet]. Ministério da Saúde, 2014.