Julgamentos: nós fazemos e nós recebemos. O que você diria e como responderia à essas perguntas que na maioria das vezes chegam como afirmações ou apontamentos que fecham em duas possibilidades: certo ou errado. E como você olha pra si mesmo para refletir sobre os seus próprios julgamentos?

Por que é tão fácil fazer julgamentos?

julgamentoNão temos uma resposta final para essa pergunta. Mas entendemos que julgamos e somos julgados porque ninguém vive a realidade do outro. E tendemos a olhar para a caminhada do outro a partir da nossa perspectiva. “Se eu tivesse esse problema, eu tiraria de letra. Fulano não faz porque é preguiçoso. Aliás, tem é falta de problema”.

No entanto, julgar a vida do outro pode ser quase que como um escape para os nossos próprios problemas. Você não acha? Enquanto, por exemplo, eu me ocupo com os problemas dos outros, é como se os meus próprios ficassem suspensos.

Frequentemente recebemos algum tipo de conselho em relação ao nosso tratamento. Seja sobre a última esperança de cura. Como devemos praticar atividade física. E o que devemos comer ou não. Alguém se identifica? Uma vez ou outra isso não incomoda. Mas depois de vários anos com diabetes, nos tornamos repetitivos em responder que não é bem assim.

Não infira pelo que você vê. Drible os julgamentos e pergunte com respeito.

Dos nossos anos de vivência com diabetes, resumiremos duas abordagens para lidarmos com essa questão e elas são complementares.

  1. Tentar dar perspectiva e educar.
  2. Exemplo: Quando você desabafar com alguém e esta pessoa te disser que você deveria agradecer por não ter câncer, você pode dizer que as doenças não são competições. Que todas e cada uma delas tem questões que precisam ser vistas e acolhidas e não rankeadas.
  3. Ninguém nasce sabendo. Cada pessoa está passando por um momento que nós não sabemos nada sobre. Com suas dores e delícias. Podemos tentar tratar os outros como gostaríamos de ser tratados e sermos gentis, respeitando nossos limites.

Tente não julgar o que você não conhece muito bem. No caso de quem tem diabetes, nem sempre existe desejo de mostrar todos os desafios que passamos todos os dias. Justificando das razões de poder ou não fazer tal coisa.

Ouvidos atentos, sem julgamentos e com acolhimento.

Ao fim, toda ajuda é bem-vinda, principalmente quando solicitada. Mas ajudar não é achar que você sabe o que é melhor pro outro, nem dizer o que te parece certo. Ajudar é perguntar para o outro como você pode ser útil, se ele precisa de ajuda e deixar que ele responda como você pode ajudá-lo.

Vamos juntos com ouvidos e corações abertos?

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