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O novembro é azul do Diabetes

Setembro foi o mês dedicado a prevenção do suicídio. Houve intensa divulgação deste tema que parecia invisível até então. No mês de outubro ocorreu a campanha de prevenção do câncer de mama. 

Em novembro, a Federação Internacional de Diabetes (IDF) escolheu o dia 14 como representativo do Dia Mundial do Diabetes. Neste mesmo dia no ano de 1891, nasceu Frederick Banting, um dos desenvolvedores da insulina tal qual a conhecemos, e cuja descoberta foi utilizada pela primeira vez em 1921.

Para homenageá-lo, novembro foi o mês escolhido para que toda a comunidade  reforçasse a conscientização a respeito do diabetes evidenciando a importância do tratamento e da prevenção ao tipo 2, cada vez mais comum.

Até bem pouco tempo não havia o novembro azul da próstata. Quando este movimento teve início, gerou conflitos com os defensores da causa do diabetes, pois anteriormente os monumentos históricos por todo o Brasil, costumavam ser iluminados de azul neste mês para conscientizar a população sobre o diabetes. 

Toda a comunidade, incluindo as sociedades médicas, indústria farmacêutica, pacientes, blogueiros e jornalistas, deveriam procurar entender por que após tantos anos, o novembro azul do diabetes estar ficando cada vez menos em evidência apesar do crescente número de diagnósticos.

A título de comparação, no Brasil ocorrem cerca de 15 mil óbitos e 65 mil novos casos de câncer de próstata a cada ano. Em relação ao diabetes, De acordo com o Atlas da Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes, em 2021, 6,7 milhões de pessoas morreram no mundo em decorrência da doença. No Brasil, foram mais de 214 mil mortes, de pessoas entre 20 e 79 anos, em decorrência da doença. A diabetes foi responsável por 2,8% das mortes no país em pessoas abaixo dos 60 anos.”
Diante de tais números, fica o desafio de  construir campanhas de prevenção ao diabetes por parte das autoridades de saúde, dos meios de comunicação e da sociedade organizada.  

Porém diabetes é uma doença silenciosa, que não aparenta características e de alguma forma há muitos mitos e falta informações e ações   sobre prevenção e tratamento. A desinformação abre espaço para  uma desinformação de que quem tem diabetes seria responsável pela sua própria doença, o que não é verdade.

O diabetes do tipo 1, por exemplo, cuja causa ainda é um mistério, atinge pouco mais de 5% dos diagnosticados. O diabetes do tipo 2, na grande maioria dos casos, tem uma série de fatores como causa. Tais como herança genética, doenças concorrentes, estresse, estão dentre as razões que podem levar o indivíduo a ser diagnosticado. O diabetes não pode e não deve jamais ser resumido como uma “doença do açúcar”.

Como eu que tenho diabetes posso contribuir com a comunidade? Autocuidado e Não nos envergonhamos de dizermos que temos este diagnóstico. É libertador, num nivel individual e coletivo, poder assumir a condição e divulgar o máximo sobre ela para o bem de todos. Desta forma poderemos até prevenir o diabetes de muitas pessoasO novembro é azul, mas todos os meses são pelo diabetes. Previna-se, divulgue, cuide.

*fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/diabetes-aumentou-16-na-populacao-mundial-nos-ultimos-dois-anos/

 

Ney Limonge – Psicólogo e Editor do TiaBeth.com

 

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