Uma das complicações mais comuns do diabetes é a retinopatia diabética, que afeta a visão podendo levar à cegueira. É uma das causas mais importantes de deficiência visual em pessoas de 25 a 74 anos. Por outro lado, pode ser evitada ou até mesmo controlada, se tratada corretamente e a tempo. Com o avanço do tratamento do diabetes e das doenças que afetam a visão, hoje quem tem retinopatia diabética, dependendo do grau, pode ter a visão preservada. Para isso, é importante o diagnóstico precoce que é feito através de um exame chamado fundo de olho.

 

O que é o exame de fundo de olho?

O exame de fundo de olho é um exame que deve ser realizado por todas as pessoas com diabetes anualmente, ou em períodos menores quando houver alguma alteração identificada. Em pessoas com diabetes tipo 1 (diabetes que é, geralmente, descoberto na infância ou juventude), sugere-se começar o rastreamento após três a cinco anos do início do diagnóstico ou depois do início da puberdade. Já em pessoas com diabetes tipo 2 o exame deve ser realizado logo após o diagnóstico.

Na realização do exame é possível que o oftalmologista utilize um colírio para dilatação da pupila, posteriormente acenda uma luz e use um instrumento como um microscópio para examinar os olhos de maneira minuciosa. Esse exame permite analisar a parte de trás dos olhos, identificando problemas como danos nos nervos ópticos, descolamento da retina, glaucoma, degeneração macular, entre outros.  

Quanto a preparação, convém mencionar que esse procedimento não necessita de preparação, por isso, caso seja solicitado pelo seu médico, basta comparecer ao exame. Devido a dilatação da pupila, é recomendado que leve um acompanhante, já que o colírio provoca visão embaçada, que retorna poucas horas depois do exame. 

 

Saiba mais sobre a retinopatia diabética 

Quanto mais tempo a pessoa possui diabetes, maior as chances de desenvolver problemas visuais. Nas pessoas que possuem diabetes tipo 1, por exemplo, essa probabilidade é de 90% e as pessoas que possuem diabetes tipo 2 tem 60% de chance após 20 anos da doença. 

A gravidade da retinopatia diabética aumenta por falta do manejo da glicemia, por isso é tão importante realizar o acompanhamento com o seu médico, fazer os exames de glicemia e manter os cuidados necessários com a alimentação e a atividade física regular. 

 

Como prevenir a perda de visão

A boa notícia é que quanto mais cedo o diagnóstico, melhor. Com tratamento adequado e em tempo hábil, é possível prevenir a perda de visão em até 95% dos pacientes. Durante as consultas, é importante relatar ao seu médico qualquer alteração relacionada a dificuldade de enxergar, seja redução da visão, visão turva e embaçada e outras condições associadas. 

Mas atenção: na maioria dos casos, a retinopatia não causa sintomas nas fases iniciais. Por isso, é importante a realização do fundo de olho para avaliação da vista. 

Agora que você já sabe o que é o exame do fundo de olho e a sua importância, não deixe de realizá-lo regularmente e informe aos seus amigos que também fazem o monitoramento do diabetes sobre a importância desse acompanhamento. 

 

Referências Bibliográficas

Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes 2022. [citado em 08 de Fev 2023]. Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/

Rio de Janeiro (RJ). Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Superintendência de Atenção Primária. Coleção Guia de Referência Rápida: Diabetes Mellitus. 1ª edição. SMS/RJ PCRJ: 2016. [citado em 08 de Fev 2023]. Disponível em: https://subpav.org/SAP/protocolos/arquivos/GUIAS_REFERENCIA/guia_de_referencia_rapida_-_diabetes_mellitus.pdf

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Retinopatia diabética. [citado em 9 de Fev 2023] Disponível em:  https://www.ufrgs.br/lidia-diabetes/2021/04/22/retinopatia-diabetica-2/

 

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