Existem coisas que não combinam: macarronada e roupa branca, por exemplo. No meu caso, invariavelmente ao fim da refeição, surgirá uma pequena mancha vermelha na camisa denunciando não só o que comi, como também minha forma desastrada no manejo dos talheres.

Algo que também não cai bem é aglomeração com pandemia. O ano passado foi um ano obscuro e marcado por medidas desagradáveis como o distanciamento social que impediu viagens e encontros. O ano de 2022 promete ser o ano da retomada, um renascimento para todos nós.

Outra coisa que não costuma combinar é fazer uma dieta restrita durante as festas de fim de ano. Nesta época, em qualquer lugar que a gente vá, iremos encontrar uma fartura de guloseimas, ceias e bebidas borbulhantes. É quando quase toda pessoa com diabetes recebe os velhos (mas não tão bons) conselhos de sempre, “você não pode comer isso” pelo receio de que aquilo aumente o “açúcar no sangue”. 

Antes de tudo, deixo claro que o grande segredo para iniciarmos o ano novo com bastante saúde é participarmos com moderação das festividades de Natal e Réveillon. Mas o segredo está no planejamento para equilibrarmos a possibilidade de se ter prazer sem precisar se privar ou exagerar.

O primeiro passo é conversar com a sua equipe de saúde, dizer que você gosta do pavê que o seu tio faz quase todos os natais, ou a farofa do seu primo e aquela sobremesa especial da sua avó. A sua equipe de saúde vai pensar com você a melhor estratégia para esse período de festas não trazer prejuízos que inclusive podem atrapalhar viver aquilo que essas festas realmente simbolizam que é o amor, família e novos ciclos.

Seguir estas orientações podem nos garantir disposição e otimismo suficientes, na chegada ao novo ano, para enfrentarmos os desafios e aprendizados que ainda estão por vir. 

Boas Festas e um Feliz Ano Novo.

 

Raquel Limonge – Diabética do tipo 1 desde 1983 – Psicóloga e editora do TiaBeth.com