É comum surgirem dúvidas sobre o que ‘se pode e não se pode’ comer quando se é diagnosticado com diabetes. Este é um ponto muito relativo dentro do tratamento, em tese, a diabetes por si só não impede ninguém de comer o que quiser, no entanto, nem todos sabem o que fazer após consumir determinados alimentos que podem alterar de forma considerável as taxas de glicemia no sangue. Por este motivo, muitos profissionais de saúde acabam optando por restringir a dieta alimentar dessa pessoa com o intuito de que seu controle seja mais equilibrado É de grande importância que as pessoas em tratamento de diabetes e sua rede de apoio aprendam a analisar rótulos, ingredientes e principalmente, analisar a quantidade de carboidratos dos alimentos e refeições, ainda que não seja feita a contagem de carboidrato como conduta de tratamento. Ao associar o consumo de determinados alimentos com o acompanhamento contínuo das glicemias, é possível identificar quais itens podem impactar mais nas taxas glicêmicas e quais podem impactar menos. Para os usuários de insulina, este é um fator imprescindível para escolha de dosagens sejam elas fixas ou variáveis. Em todos os tipos de diabetes, o acompanhamento com endocrinologista e nutricionista somados ao reforço de educação em diabetes podem sim oferecer total liberdade para o paciente se alimentar com frutas e outros alimentos ‘polêmicos’ no tratamento. Outro fator importante é que não há verdade absoluta no tratamento de diabetes. As condutas não podem ser generalizadas, ou seja, o tratamento é subjetivo e individual. Dessa forma, o que pode dar certo para alguém, pode não dar certo para outra pessoa e assim por diante. Converse sempre com sua equipe médica antes de tomar qualquer decisão. Se você tiver muita dificuldade em analisar quais frutas interferem mais na glicemia, verifique se ela é uma fruta naturalmente muito doce ou se está muito madura (frutas mais azedas e verdes tendem a impactar menos na glicemia). Vejam este exemplo: uma porção de 100g de kiwi contém 11,5g de carboidrato, enquanto a mesma quantidade de banana nanica pode contar em torno de 23,9g de carboidrato. Avalie suas escolhas diárias de modo que a exceção não vire regra, pratique o autoconhecimento e se permita com moderação e consciência.
A plataforma Glic fornece a quantidade de carboidratos de cada alimento para que possa identificar os impactos em sua rotina alimentar, assim como associá-los às alterações da glicemia durante o dia. Além disso, essas informações podem ser compartilhadas com os médicos que acompanham o seu tratamento e assim dar insumos para as melhores tomadas de decisão no tratamento.