O diabetes gestacional é o aumento da glicemia durante o período da gravidez. Se você já passou por um acompanhamento de diabetes na gestação ou está passando por isso nesse momento, entenda que existem diversos fatores que podem contribuir para esse diagnóstico, entre eles: 

  • Idade materna avançada;
  • Sobrepeso e/ou obesidade;
  • História familiar de diabetes (pai ou mãe com diabetes);
  • Resistência à insulina;
  • Ganho de peso excessivo durante a gravidez;
  • Feto com crescimento excessivo;
  • História anterior de diabetes gestacional, em gestações prévias;
  • Hipertensão na gravidez;
  • Abortos de repetição;
  • Malformações;
  • Exame de hemoglobina glicada maior ou igual a 5,7%

É importante destacar que o diabetes gestacional não está necessariamente associado ao consumo excessivo de carboidratos. 

 

Diabetes mellitus e diabetes mellitus gestacional 

Além disso, o acompanhamento do diabetes durante a gestação pode ocorrer de duas maneiras: DM diagnosticado na gestação ou diabetes mellitus gestacional (DMG). No primeiro caso, trata-se de mulheres que já tinham diabetes, embora desconhecessem o diagnóstico, e por isso no resultado do seu exame é observado uma taxa acima do esperado, inclusive para mulheres não gestantes. Já no caso de DMG, é quando ocorre hiperglicemia gestacional, por meio de uma intolerância aos carboidratos, mas não possui uma taxa que se enquadra nos critérios de diabetes em não gestantes. 

Abaixo, seguem os valores de referência de glicemia preconizados pela Sociedade Brasileira de Diabetes e que são utilizados pelos obstetras e pelos endocrinologistas para acompanhamento das pacientes. 

 

Como é feito o tratamento

Nos casos de DMG é possível realizar o controle por meio de acompanhamento nutricional e atividade física regular, desde que autorizada pelo obstetra que realiza o tratamento da gestante. Um ponto importante é em relação à alimentação. Durante a gravidez, não é recomendado deixar de comer carboidratos, porque são alimentos necessários para o desenvolvimento do feto. Contudo, sugere-se a troca de carboidratos simples — como as massas, o arroz branco e os doces — pelos carboidratos complexos — como as hortaliças, os alimentos integrais, as cascas de sementes, frutas, nozes e oleaginosas.

Outra dica interessante é reduzir a quantidade das porções e fracionar o número de refeições do seu dia, além de manter uma boa ingestão de água e aumentar a oferta de carnes (frango, carne bovina magra, ovo e peixes). Evite alimentos ultraprocessados, ou seja, os que já vem prontos, como os sucos de caixinha, os refrigerantes, os biscoitos, os cereais matinais, os achocolatados, os iogurtes, dentre outros. 

Lembre-se: apesar das dicas oferecidas, é essencial o acompanhamento nutricional, para elaboração de um plano alimentar de acordo com a sua realidade. Os riscos da diabetes na gestação são reduzidos por meio de mudanças de hábitos e raramente será indicado o tratamento medicamentoso. Além disso, o diagnóstico de uma DMG não necessariamente persistirá após o parto e o cuidado na gestação traz qualidade de vida para você e para o(a) seu(ua) filho(a).   

 

Referências Bibliográficas

Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes 2022. [citado em 30 de Jan 2023]. Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira – 2. ed., 1. reimpr. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

 

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