A hipertensão arterial sistêmica, ou pressão alta como é popularmente chamada, é um aumento da pressão sobre os vasos sanguíneos e pode acarretar diversas complicações cardiovasculares quando não tratada corretamente. Por isso, a pessoa com esse diagnóstico precisa compreender a importância de cuidar de si e realizar o acompanhamento da sua saúde. De olho nisso, você sabe quais são os exames de rotina para hipertensão? Confira abaixo!

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Exames de rotina para hipertensão 

Embora seja uma doença comum na população brasileira, cerca de 30% das pessoas têm a condição, a pressão alta não pode ser relativizada a ponto de termos uma população com alto índice de hipertensão e que não se trata, ou que faz uso de medicamentos de maneira esporádica.  Essa condição crônica precisa de cuidados contínuos, a fim de garantir a estabilidade do quadro e a qualidade de vida do indivíduo. Por essa razão, espera-se que o paciente compareça às consultas de rotina, possua hábitos de vida saudáveis, faça uso das medicações conforme prescrição médica e realize os exames de rotina para hipertensão.  

Ao realizar o acompanhamento de pressão, o Ministério da Saúde recomenda no mínimo duas consultas e a realização dos seguintes exames anualmente:  

  • Eletrocardiograma 
  • Glicemia em jejum 
  • Colesterol total
  • Triglicerídeos 
  • HDL colesterol 
  • Potássio  
  • Creatinina  
  • EAS 

Esses exames auxiliam a avaliação do risco cardiovascular, ou seja, o risco de complicação. O EAS, por exemplo, pode identificar a presença de proteína ou sangue na urina, já o perfil lipídico (colesterol total, HDL e triglicerídeos) pode refletir na pressão alta por meio do acúmulo de colesterol na parede dos vasos e aumentando ainda mais a pressão.  

Por isso, é tão importante a realização dos exames periodicamente, a fim de identificar riscos e prevenir complicações, possibilitando um cuidado integral e qualificado. Caso seja identificado alguma alteração, pode ser necessário o encaminhamento para outro profissional, médico especialista e/ou outro profissional. Por fim, cuidar da saúde passa pela prevenção, mantendo a qualidade de vida, por meio da alimentação saudável, da atividade física e do cuidado com as condições crônicas já existentes.  

Referência Bibliográfica   

  1. Secretaria de Estado da Saúde (SC). Diretoria de Atenção Primária. Linha de Cuidados à Pessoa com Hipertensão Arterial Sistêmica. [Internet]. Santa Catarina, 2019. 
  2. Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL, et. al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Departamento de Hipertensão Arterial. 7th Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial Sistêmica. Rev. Bras. Hipertens. [Internet]. 2017. 
  3. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Sétima Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Rio de Janeiro, 2016. 
  4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
  5. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil. Superintendência de Atenção Primária. Guia de Referência Rápida: Hipertensão- Manejo Clínico da Hipertensão em adultos (versão profissional) adaptado de NICE (National Institute for Health an Clinical Excellence, NHS- Reino Unido) / Rio de Janeiro: SMSDC, 2013. http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4446958/4111924/GuiaHA.pdf