Cigarro eletrônico: o que é, quais seus malefícios e consequências?

O cigarro eletrônico, também chamado de vape, é um dispositivo que aquece um líquido contendo nicotina e outros ingredientes, transformando-o em vapor para ser inalado. Embora tenha sido inicialmente considerado uma alternativa mais segura ao cigarro tradicional, os riscos à saúde associados ao seu uso têm se mostrado de grande impacto.  

Com o aumento do uso do cigarro eletrônico, especialmente entre jovens, as autoridades de saúde têm se preocupado com as implicações para a saúde pública. Apesar da venda do cigarro eletrônico ser legal em muitos países, ele está sendo cada vez mais regulamentado devido às descobertas sobre os riscos à saúde, inclusive aos surtos de doenças pulmonares graves associados ao seu uso. Especialistas alertam que, sem uma regulamentação mais rígida, pode haver um aumento nas taxas de dependência de nicotina e no desenvolvimento de doenças crônicas, sobrecarregando então os sistemas de saúde pública no futuro. 

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Afinal, quais são os principais riscos do cigarro eletrônico? 

1. Dependência de nicotina

   O cigarro eletrônico geralmente tem menos nicotina do que o cigarro comum, entretanto ele ainda pode gerar dependência. A nicotina é uma substância muito viciante, e quem usa o dispositivo com frequência pode acabar desenvolvendo o mesmo tipo de vício que o cigarro tradicional. Dessa forma, o seu uso pode influenciar áreas relacionadas ao controle do impulso e à tomada de decisões, o que é ainda mais preocupante em adolescentes, pois podem se tornar mais propensos a fumar cigarros tradicionais e desenvolver riscos cardiovasculares e respiratórios a longo prazo.

2. Problemas respiratórios

   O vapor do cigarro eletrônico pode causar irritação nas vias respiratórias e até levar a problemas como tosse persistente e dificuldade para respirar. Além disso, o vapor do cigarro eletrônico pode conter várias substâncias químicas prejudiciais à saúde, além da nicotina. Em alguns casos, os líquidos usados nos dispositivos têm ingredientes como o acetato de vitamina E, que pode causar danos graves aos pulmões. Casos de lesões pulmonares graves já foram relatados, especialmente com o uso de vapes que contêm THC. Nos Estados Unidos, essas lesões geraram um novo diagnóstico: a doença evali, descoberta em 2019. 

3. Efeitos no sistema cardiovascular

   A nicotina afeta diretamente o sistema cardiovascular, aumentando a pressão arterial e sobrecarregando o coração. Assim, esse efeito pode contribuir para o risco de doenças cardiovasculares, especialmente em quem usa o dispositivo por um longo período. 

É importante lembrar que o cigarro eletrônico ainda é um produto novo, e os estudos sobre os efeitos a longo prazo são limitados. Mesmo que algumas pesquisas indiquem que ele pode ser menos prejudicial do que o cigarro tradicional, ainda existem muitas incógnitas sobre seus impactos à saúde. O fato de muitos usuários de cigarro eletrônico também usarem outros produtos de tabaco ou substâncias como o THC levanta ainda mais preocupações, já que o uso conjunto pode aumentar os riscos de danos à saúde. 

Sendo assim, ainda que o cigarro eletrônico seja muitas vezes visto como uma opção menos perigosa do que o cigarro tradicional, ele ainda apresenta riscos significativos para a saúde. Para evitar problemas a longo prazo, a melhor decisão é não usar nenhum produto que contenha nicotina ou outras substâncias tóxicas. Por fim, conhecer os riscos envolvidos é fundamental para fazer escolhas mais saudáveis e proteger o bem-estar. 

Referências 

KNORST, Marli Maria et. al. The electronic cigarette: the new cigarette of the 21st century. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 40 (5), Sep-Oct 2014 . Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/zr39bFFL7y53xrZkHSp4Twx/?lang=en. Acesso em: 21 jan. 2025. 

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cigarro eletrônico: riscos à saúde e regulamentação. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/campanhas/cigarro-eletronico-riscos-saude. Acesso em: 21 jan. 2025. 

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