A expressão “hipertensão emocional” é popularmente utilizada para descrever uma condição na qual o estresse emocional crônico ou intenso pode levar a um aumento temporário na pressão arterial. Dessa forma, quando uma pessoa experimenta situações estressantes, como preocupações financeiras, problemas familiares, tensões no trabalho ou eventos traumáticos, seu corpo pode responder liberando hormônios do estresse, como cortisol e adrenalina, que podem causar um aumento na pressão arterial. 

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No entanto, é importante ressaltar que a hipertensão arterial crônica, ou seja, uma pressão arterial persistentemente elevada ao longo do tempo, não é causada apenas por estresse emocional. Portanto, existem diversos fatores que interferem no aumento da pressão arterial, tais como: 

  • Idade igual ou superior a 50 anos; 
  • Histórico familiar de doença cardiovascular; 
  • Obesidade e sedentarismo; 
  • Alimentação inadequada (com ingesta excessiva de sal e bebidas alcoolicas); 
  • Estresse; 
  • Perfil de sono; 
  • Tabagismo; 
  • Fatores socioeconômicos; 
  • Uso de drogas;  
  • Outras condições de saúde pré existentes (como a diabetes e o colesterol alto) 

Assim, a hipertensão arterial crônica é uma condição médica séria que pode resultar de uma combinação de fatores genéticos, estilo de vida, dieta inadequada, falta de exercício físico, consumo excessivo de álcool, tabagismo e outros fatores de risco. 

Hipertensão emocional: exames para descobrir a pressão alta

Dessa forma, caso você já possua algum dos fatores citados, é importante procurar um médico, pelo menos, uma vez ao ano para rastreio da hipertensão. Embora existam situações isoladas de picos hipertensivos, recomenda-se a investigação por meio do MAPA de 24 horas ou ou do MRPA.  

  1. Monitorização ambulatorial da PA (MAPA-24h): É um método de avaliação da pressão arterial por meio do monitoramento indireto e intermitente da pressão durante 24 horas ou mais, durante os períodos de vigília, sono e atividades diárias. 
  1. Medição residencial da PA (MRPA): É caracterizado pela verificação de três medições da pressão arterial pela manhã (antes do desjejum e da tomada da medicação) e três à noite (antes do jantar) durante cinco dias, ou duas medições em cada um desses pela manhã e pela noite, por sete dias. 

Em resumo, o tratamento da hipertensão arterial crônica geralmente envolve mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios físicos regulares, redução do consumo de sal e álcool, além de possivelmente medicação prescrita pelo médico e a ausência do tratamento adequado pode desencadear complicações para a saúde. Portanto, o diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para a qualidade de vida.  

 

Referência Bibliográfica  

Secretaria de Estado da Saúde (SC). Diretoria de Atenção Primária. Linha de Cuidados à Pessoa com Hipertensão Arterial Sistêmica. [Internet]. Santa Catarina, 2019.  

Sociedade Brasileira de Cardiologia. Sétima Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Rio de Janeiro, 2016.  

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 

Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil. Superintendência de Atenção Primária. Guia de Referência Rápida: Hipertensão- Manejo Clínico da Hipertensão em adultos (versão profissional) adaptado de NICE (National Institute for Health an Clinical Excellence, NHS- Reino Unido) / Rio de Janeiro: SMSDC, 2013. http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4446958/4111924/GuiaHA.pdf