Todos nós fomos afetados pela pandemia COVID‐19, mesmo que de formas diferentes. Alguns sofreram de perto e perderam pessoas amadas. Para quem perdeu alguém querido da família, amigo ou colegas de trabalho, nós deixamos aqui nosso profundo sentimento. Cada pessoa afetada não é apenas um número, é uma pessoa com toda sua profundidade, beleza, de valor único para a humanidade e o amor de alguém.
Embora o foco desta pandemia seja uma doença que nos ataca fisicamente, especialistas apontam que há uma crise de saúde mental surgindo com esta situação e é deste ponto que queremos falar hoje.
Saúde Mental e Diabetes durante a Pandemia
Assim que as primeiras notícias sobre o coronavírus apareceram, vieram com elas o apontamento de que quem tem diabetes se tornaria grupo de risco para o desenvolvimento da versão mais grave da doença. Com o tempo foi se tendo mais descobertas como a influência da idade, tipo de diabetes, peso e controle da glicemia.
É fundamental que órgãos do governos, governantes e outros protagonistas no combate à pandemia se comuniquem sobre o COVID-19 de maneiras que promovam a saúde mental e o bem-estar psicossocial. Tal comunicação deve ser comunicada com empatia e incluir conselhos sobre o bem-estar emocional. A ansiedade indevida causada por comunicação inconsistente, incompreensível ou ameaçadora deve ser evitada.
Há pouco tempo temos mais informação sobre o impacto do diagnóstico de diabetes na nossa saúde mental e de nossos familiares. E ainda é um assunto que precisa ser amplamente estudado. Em condições “normais”, digamos que sem pandemia, estima-se que uma pessoa com diabetes tenha o risco de ter depressão dobrado em comparação com a população em geral. A ansiedade também é comum. Um estudo apontou que cerca de 15% das pessoas com diabetes tinham transtorno de ansiedade generalizada e 40% sintomas elevados de ansiedade.
Gatilhos para ansiedade na pandemia
Ficar confinado em casa, sem poder visitar parentes, adaptações na forma de trabalhar ou desemprego, falta de acesso aos insumos do tratamento, falta da convivência no ambiente escolar e férias (para ter uma diferença na rotina).
Pessoas com diabetes têm se preocupado em obter os alimentos certos, insulina, atividade física, entre outros. Muitos deixaram os exames pra mais tarde, as consultas de rotina foram espaçadas e muitos não ter procurado ajuda médica quando necessário.
Temos recebido muitos relatos de pessoas que têm usado o Glic para auxiliar neste contato à distância com a sua equipe de saúde, e mantido assim os ajustes de medicação. Nós, aqui do nosso lado, temos preparado algumas funcionalidades com todo amor e trabalhando muito, para que no início do ano que vem a gente possa oferecer recursos ainda melhores na plataforma para ajudar neste apoio.
Enquanto isso, separamos algumas dicas para compartilharmos com a nossa comunidade sobre como podemos, de mãos dadas, enfrentar a ansiedade e outras questões de saúde mental que podem surgir em nós ou nas pessoas que amamos.
Aqui vão seis dicas para fortalecer nosso enfrentamento
1) Mantenha a rotina de cuidados
Tente manter uma rotina de cuidados não só da glicemia ou do diabetes. Mas de tudo aquilo que você faz e te faz sentir bem. Como um alongamento, um banho de um jeito, meditação, escrever, pintar, cozinhar, brincar com seu bichinho de estimação, ler, jogar, e etc.. Mantenha os cuidados referente ao vírus também. Evite aglomerações, higienize as mãos, use máscara, desinfete os objetos vindos da rua, neste link da OMS você encontra mais informações.
2) Converse com as pessoas
Não importa se com quem você está passando a quarentena, através da tela, o vizinho na janela. Falar, ouvir, trocar, contar nossas experiências ajudam a dar um novo significado àquilo que estamos passando. Cuide de quem está próximo também. Cuidar de alguém nos ajuda a cuidarmos de nós mesmos. É uma via de mão dupla. 🙂
3) Notícias e tempo de tela
Escolha as fontes (fontes seguras e muito cuidado com mensagens falsas recebidas pelo whatsapp) e a frequência com que você quer se manter informado. Sinta o ponto de equilíbrio do quanto é importante estar informado ao mesmo tempo que não te deixe muito para baixo.
4) Procure apoio profissional
Está tudo bem não estar tudo bem. Reconheça os momentos em que talvez seja necessário procurar ajuda. Converse com a sua equipe de saúde. Existem grupos de atendimento psicológico, inclusive gratuitos, que estão atuando neste momento à distância para reduzir o impacto deste momento na nossa saúde mental, como é o caso do Escuta na Quarentena.
5) Respira, inspira, não pira.
Existem exercícios de relaxamento, respiração e meditação que podem ser um aliado ao estresse que sentimos. Existem algumas plataformas que se dedicam à isso, como o 5 minutos, o Sattva e o Lojong (que possui a versão paga ou a versão gratuita com anúncios).
6) Conte conosco, não se sinta sozinho(a).
Nós estamos passando por tudo isso também. No nosso desafio de manter o Glic crescendo, avançando por regiões não exploradas, ouvindo nossos usuários e orientando o máximo possível. Conte com o nosso canal de atendimento no site ou pelo email [email protected].
A equipe Glic acredita imensamente no poder que temos de juntos, e com muito carinho, passarmos por esta pandemia da melhor maneira possível.
Um abraço virtual e muita calma para todos.
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