O diabetes é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora seja amplamente conhecido por seus efeitos no monitoramento e controle da glicose sanguínea, nem todos compreendem seu impacto em outros órgãos, incluindo o cérebro.
Compreendendo o Diabetes
O diabetes é caracterizado por uma incapacidade do corpo em regular eficientemente os níveis de glicose no sangue. Existem dois principais tipos de diabetes: o tipo 1, geralmente diagnosticado na infância, resulta da incapacidade do corpo em produzir insulina; o tipo 2, mais comum em adultos, ocorre quando o corpo não usa efetivamente a insulina que produz.
Essa condição está intimamente ligada a problemas vasculares, afetando não somente a circulação sanguínea até órgãos alvos, como o cérebro. A redução do fluxo sanguíneo, ocasionado pelo diabetes pode resultar em danos aos pequenos vasos sanguíneos cerebrais, contribuindo para complicações neurológicas.
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O diabetes também desencadeia processos inflamatórios e estresse oxidativo, que podem comprometer a saúde cerebral. A inflamação crônica está associada a danos nos neurônios e à diminuição da plasticidade cerebral, afetando a capacidade do cérebro de se adaptar e aprender.
Nessa perspectiva, alguns estudos sugerem que pessoas com diabetes têm um risco aumentado de declínio cognitivo e desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. O controle inadequado do diabetes ao longo do tempo pode acelerar esses processos.
Importância do Controle Glicêmico
O manejo adequado da glicemia e o cumprimento das metas estabelecidas nas consultas são fundamentais para preservar a saúde cerebral em indivíduos com diabetes. Isso envolve aderir a uma dieta balanceada, praticar atividade física regularmente e seguir as orientações médicas para o uso de medicamentos.
Em resumo, o diabetes não apenas impacta os níveis de glicose no sangue, mas também exerce efeitos significativos sobre a saúde cerebral. A conscientização sobre esses efeitos é crucial para motivar aqueles com diabetes a adotar medidas preventivas e de promoção à saúde. Pois, é possível não apenas reduzir o risco de complicações cerebrais, mas também melhorar a qualidade de vida geral.
Referências Bibliográficas
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes 2022. [citado em 16 de Nov 2023] Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/
Rio de Janeiro (RJ). Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Superintendência de Atenção Primária. Coleção Guia de Referência Rápida: Diabetes Mellitus. 1ª edição. SMS/RJ PCRJ: 2016. [citado em 16 de Nov 2023]. Disponível em: https://subpav.org/SAP/protocolos/arquivos/GUIAS_REFERENCIA/guia_de_referencia_rapida_-_diabetes_mellitus.pdf
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus – Brasília: Ministério da Saúde, 2013
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